Poesia, Everyday…
Me dá uma vontade de sair por aí
Agenda embaixo do braço, caneta
Um óculos de leitura sem hora da volta
Sonhos na cabeça, coração esperançoso.
Tomara que eu encontre um refúgio
Para aplacar a minha insistência em não
Desistir jamais daquilo que persigo…
Vontades, interpretações de um desejo,
Te vejo na próxima esquina, mas não
Tenho a certeza de que vens para mim.
Sem fim é uma história inacabada,
Da plenitude da vida que não sei onde
Começa nem onde termina. Encontrei
Facetas caricatas destemidas. Por
Um tempo percebi que o mundo às
Vezes não conspira a meu favor…
Dor, uma onda silenciosa que vem,
E mesmo que não fira minha pele tão
Afeita a toques sutis de uma beleza rara,
Vou tendo arrepios nos poros sensíveis
Que denunciam minha frágil coerência…
Ouço repetidas vezes a mesma canção,
Procuro me familiarizar com o que me cerca
Na esperança de encontrar o vértice que
Separou minha existência e a conexão com
O meu mundo, aquele que dizia do ‘felizes’,
Mesmo que não para sempre, mas ao menos
Sem a necessidade de fazer uma regressão
Para não queimar etapas tão importantes…
História comum, igual a tantas outras,
Sentimento por não perceber, entender
O quanto uma palavra pode significar
Uma diferença fundamental do viver.
Seja pleno, transborde possibilidades,
Desvie o teu olhar para dentro e vai saber,
O mundo inteiro parou para acompanhar
A tua trajetória, mesmo que nenhuma porta
Tenha sido aberta para que teu brilho
Pudesse iluminar o caminho que é teu…
By Laudir Dutra