Lá vem aquela onda gigantesca de
emoções,

Às vezes penso sucumbir à sua
devastação,

Ela fere, me deixa sem ar, me eleva
ao máximo,

Balança minha alma de uma maneira
tanta

Que meu ser às vezes não pode
suportar...

Sozinho conto ao meu nítido estado
de êxtase

Que já fui um amor calmo, desses
que esperam

Que sofrem em silêncio apenas pra
se sentir leve,

Afinal, o que adianta o desespero,
momento seu,

Os outros estão alheios cuidando
das suas feridas...

Leveza é um luxo que poucos têm pra
curtir,

Sintonia nem sempre significa amar
juntos,

Calmaria nunca vem depois da
tempestade,

O Vento derruba o que levou anos
pra construir.

Então o dito acima é uma falácia,
pois na real,

Ninguém sabe o quanto abalou nossas
estruturas

Aquele momento de sofrimento tão nosso...

Na intimidade da minha alma tão
devastada

Procuro pedaços de mim que se
perderam,

Na procura encontro tantas coisas
pra mudar,

Tantos ontens pra hoje e tantos
hojes que ficarão

Pra quando tudo estiver devidamente
curado...

By Laudir Dutra

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