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Caxias do Sul,17/09/2024

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Espetáculo “Odila” é apresentado no Bairro Santa Fé, em Caxias do Sul

Fonte: Palavra Assessoria Estratégica em Comunicação
Espetáculo “Odila” é apresentado no  Bairro Santa Fé, em Caxias do Sul Foto Ângela Pimentel

Ação faz parte do projeto “À Memória de Odila”, sobre sobrevivente da explosão da empresa Gazola

No sábado, dia 31 de agosto, às 19h30, o espetáculo “Odila” será apresentado no Centro Comunitário do Bairro Santa Fé, em Caxias do Sul (RS). Parte do encerramento do projeto de circulação “À Memória de Odila”, a peça já foi apresentada no Bairro Desvio Rizzo e tem a última data marcada para 14 de setembro, no Bairro Euzébio Beltrão de Queiróz.


Encenada e dirigida pela atriz Tina Andrighetti, a peça é um monólogo que conta a vida da jovem cidadã caxiense Odila Gubert, sobrevivente da tragédia na Metalúrgica Gazola, que fabricava artefatos bélicos para os combatentes brasileiros. Aos 20 anos, ela teve o rumo de sua vida totalmente alterado ao perder a perna direita no grave acidente que, ainda, vitimou fatalmente sete operárias que trabalhavam no local.


“Odila” retrata um fragmento desse acontecimento, que está eternamente entrelaçado com a história da cidade. O espetáculo foi inicialmente montado em 2016 como parte do Projeto Identidades, com o propósito de levar histórias reais à cena. Em 2023, completou-se 80 anos da explosão e 20 anos da morte de Odila Gubert, o que provocou a retomada das atividades da peça com uma agenda privilegiando o caráter popular da obra. Foram sete apresentações nos distritos de Criúva, Santa Lúcia do Piaí, Vila Cristina, Vila Oliva e Vila Seca, como também nos bairros Panazzolo e Petrópolis.


Confira a agenda do espetáculo “Odila”:

Horário: 19h30

Dia 31/08 (sábado): Centro Comunitário do Bairro Santa Fé (Av. Santa Fé, 628)

Dia 14/09 (sábado): Centro Cultural Euzébio Beltrão de Queiróz (Rua Bento Gonçalves, 3.333, Bairro Euzébio Beltrão de Queiróz)

Sobre a tragédia:

Em 22 de julho de 1943, sucessivas explosões ocorreram no principal pavimento da fábrica de munições Gazola, Travi & Cia e vitimaram sete funcionárias, as quais perderam sua vida ao cumprirem o dever “pelo esforço de guerra”: Graciema Formolo, Júlia Gomes, Olívia Gomes, Irma Zago, Maria Bohn, Tereza Morais e Anoema da Costa Lima, reconhecida como vítima somente em 2018. A tragédia deixou ainda 15 feridos, sendo que uma delas foi Odila Gubert, 20 anos, porém sua vida tomou outro rumo, contrário aos sonhos alimentados até então. Ela teve a perna direita amputada e permaneceu três meses e meio internada devido aos ferimentos. A empresa, encampada pelo Exército, fabricava artefatos bélicos para os combatentes brasileiros e, naquele dia, cerca de vinte operárias – com idades entre 14 e 20 anos, fabricavam munições no pavilhão. Recém consolidados, os direitos trabalhistas ainda careciam de igualdade entre homens e mulheres e também de cumprimento efetivo. 

Ficha Técnica:

Direção e atuação: Tina Andrighetti

Supervisão de Dramaturgia/Cena: Tefa Polidoro

Pesquisa: Paula Cervelin Grassi e Tina Andrighetti

Preparação cênica e musical: Gutto Basso

Cenário: Roberta Tiburri

Figurino: Letícia Milani

Sonoplastia: Marielle da Rosa Costa

Iluminação: Juarez Barazetti

Produção: Gabriel Zeni

Captação de Imagens: Marcelo Costa

Duração: 60 minutos

Classificação etária: + 12 anos


Financiamento: LIC Municipal

Empresas apoiadoras: Super Pneus e Fundação Marcopolo

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