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O Dia de Prevenção e Combate à Hipertensão, em 26 de abril, reforça a importância de cuidados permanentes com a saúde cardiovascular. A hipertensão arterial, também conhecida como pressão alta, é uma condição crônica que pode evoluir para problemas graves, como infarto e acidente vascular encefálico (AVE), muitas vezes sem apresentar sintomas.  

Dados recentes da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel/Ministério da Saúde) de 2023 indicam que 27,9% dos brasileiros adultos receberam diagnóstico médico de hipertensão, sendo a prevalência maior entre mulheres (29,3%) do que entre homens (26,4%). Isso significa que aproximadamente 1 em cada 4 pessoas é acometida pela doença e estima-se que mais da metade dos hipertensos não saibam que têm a condição, o que dificulta o controle e tratamento. 

O índice de mortalidade associado a esta condição também apresentou aumento, chegando a 18,7 óbitos por 100 mil habitantes em 2021, o maior dos últimos dez anos. Esse crescimento foi mais expressivo entre pessoas com 60 anos ou mais.  

Danieli Reckziegel de Oliveira, docente do curso Técnico em Enfermagem da Escola Técnica Fundatec, enfatiza que a prevenção é essencial no combate à hipertensão. "A pressão alta pode não apresentar sintomas por muito tempo, e justamente por isso o acompanhamento regular com profissionais da saúde é indispensável", destaca.  

Diversos fatores contribuem para o surgimento do problema, incluindo o consumo excessivo de sal, sobrepeso, sedentarismo, tabagismo, ingestão abusiva de álcool, estresse e envelhecimento, que leva ao enrijecimento das artérias.  

Embora frequentemente assintomática, em alguns casos se manifesta através de dores de cabeça, tontura, falta de ar, palpitações ou visão embaçada. Danieli ressalta: "São sinais que merecem atenção, mas o ideal é não esperar por eles. Medir a pressão com regularidade e seguir as orientações da equipe de saúde é a forma mais segura de identificar e controlar".  

Os hábitos alimentares têm papel crucial no controle da hipertensão. Reduzir o consumo de sal, evitar alimentos ultraprocessados e priorizar frutas, vegetais e produtos integrais são medidas fundamentais. Alimentos ricos em potássio, como banana, espinafre e batata-doce, ajudam a equilibrar os níveis de sódio no organismo.  

A prática regular de atividades físicas também é crucial. Exercícios aeróbicos, como caminhadas e pedaladas, realizados de 30 a 45 minutos, de três a cinco vezes por semana, contribuem para a redução da pressão e para o controle do peso corporal. Danieli alerta que "quem está parado há muito tempo deve fazer uma avaliação médica antes de iniciar".  

Além disso, evitar o fumo, moderar o consumo de bebidas alcoólicas e adotar estratégias para reduzir o estresse, como técnicas de respiração, meditação e garantir um sono de qualidade, são ações que auxiliam na prevenção e controle da pressão elevada. "O bem-estar mental também está diretamente relacionado ao bom funcionamento do sistema cardiovascular", afirma Danieli.  

Mesmo sem diagnóstico prévio, é fundamental estar atento à saúde. Para aqueles que já têm hipertensão, é imprescindível manter o tratamento adequado e comparecer regularmente às consultas médicas. "O acompanhamento com a equipe de saúde é essencial para ajustar condutas, avaliar a eficácia dos medicamentos e prevenir possíveis complicações", reforça Danieli.

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