O que você precisa saber sobre alergias infantis

Sintomas podem aparecer como erupções cutâneas leves até reações graves como anafilaxia
No dia 7 de maio comemora-se o Dia Nacional de Prevenção da Alergia. A data, criada pelo Ministério de Saúde, tem como objetivo informar a sociedade sobre as principais alergias que acometem a população, especialmente em épocas mais frias do ano. No público infantil, as alergias mais comuns são rinite alérgica, asma, dermatite atópica e alergia alimentar.
O número de diagnósticos alérgicos em crianças vem crescendo exponencialmente na última década. O alergista e imunologista do Hospital Moinhos de Vento, Renan Augusto Pereira, explica que existem estudos que medem os percentuais de incidência, porém há diferença entre o que os pais e familiares apontam como alergia e o que é de fato diagnosticado pelos especialistas. “Quando questionamos se a criança tem alergia, a prevalência de respostas chega a 10%; contudo, por meio do diagnóstico correto, o número pode chegar de 1 a 3%”, afirma.
Na infância, os principais alimentos que causam alergias são leite, ovo, soja e trigo, enquanto na fase adulta costumam ser amendoim, castanhas, frutos do mar e peixes. “Apesar disso, a incidência das alergias em crianças com a ingestão de amendoim, castanhas, frutos do mar e peixes tem aumentado, assim como alergias a outros alimentos não usuais, como frutas, gergelim, carnes e alimentos de origem vegana, como sementes”, alerta Pereira.
Os principais fatores que contribuem para o desenvolvimento dessas alergias são genética, higiene em demasia, redução do aleitamento materno e partos cesariana. Sintomas leves como urticária, dor abdominal e diarreia - principalmente em bebês -, até sintomas mais graves, como vômitos repetitivos, choque anafilático e edema de glote devem ser considerados como observação e alerta, pois podem ser desencadeados por algum alimento. O diagnóstico definitivo de alergia alimentar é realizado por meio de exames de sangue, testes de pele e/ou testes de provocação oral, sempre de acordo com o tipo de alergia.
Segundo o especialista, o tratamento da alergia alimentar se baseia, principalmente, em três grandes pilares: na restrição do alimento em questão, com educação dos responsáveis quanto à leitura de rótulos para evitar ingestões acidentais; no acompanhamento multiprofissional da criança em decorrência dessa restrição, para evitar complicações nutricionais, psicológicas e sociais; e na definição de um plano de ação delimitado para saber como agir caso ocorra uma crise. “Nos últimos anos, para alguns tipos de alergia, temos utilizado novos tratamentos como a dessensibilização ou imunoterapia para alergia, e medicações como o omalizumabe para casos específicos”, finaliza.
O Núcleo de Alergia e Imunologia realiza o diagnóstico, prevenção e tratamento de pacientes com doenças alérgicas, sejam elas alergias cutâneas, respiratórias, oculares, alimentares ou medicamentosas, além de fazer um acompanhamento integral de pacientes com problemas no sistema imunológico. Entre em contato para agendar um com dos especialistas pelos telefones (51) 3314-3434 - (51) 3537-8000, ou pelos e-mails: equipe.alergia@hmv.org.br e neuro.ortopedia@hmv.org.br.
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