Caroline Buzo*

Dormir bem, ter uma alimentação equilibrada, praticar exercícios físicos regularmente, controlar o peso e cuidar da saúde mental e espiritual. Pode-se dizer que esses são alguns dos requisitos básicos para uma vida longa e com qualidade. Mas não são os únicos.

Ao longo dos anos, observamos a expectativa de vida da população aumentar. Na década de 1970, a expectativa de vida do brasileiro não chegava aos 60 anos. Os últimos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados no fim de 2023, mostraram um salto nessa expectativa para 75,5 anos. 

Esse acréscimo de mais de 15 anos na expectativa de vida dos brasileiros ocorreu por diversos fatores, como acesso a serviços de saneamento, evoluções no campo da Medicina e maior atenção destinada à prevenção de doenças. Neste último aspecto, ficou evidente que tão eficaz quanto tratar a doença, seria preveni-la – quando possível. 

Segundo o Ministério da Saúde, a principal causa de morte no país são as doenças cardiovasculares. Elas estão associadas a fatores de risco modificáveis, como tabagismo e  sedentarismo, além de enfermidades crônicas que podem ser controladas quando diagnosticadas e tratadas adequadamente, como a hipertensão arterial e  alterações do colesterol.

Para que sejam diagnosticadas precocemente e para que hábitos sejam mudados quando há necessidade, é fundamental o acompanhamento médico regular e a realização de exames de rastreamento, como os check-ups regulares. Esse conjunto de exames e avaliações clínicas permite aos médicos acompanhar os pacientes ao longo dos anos, avaliar seu estado de saúde, identificar tendências  e sugerir mudanças em hábitos de vida que podem acarretar e agravar problemas futuros.

Esse acompanhamento é importante em todas as idades. No entanto, com o envelhecimento, algumas doenças podem aumentar em incidência. Por essa razão, alguns exames devem ser realizados anualmente, como avaliação de mama para as mulheres e de próstata para os homens. Fato é que todos, independentemente do gênero e da faixa etária, devem colocar esses cuidados entre suas prioridades. Aos profissionais da saúde, o desafio é aproximar o paciente e incluí-lo como peça fundamental da própria qualidade de vida. Quando os avanços médicos se aliam à prevenção em saúde, o resultado é uma vida mais longa e melhor.

*Cardiologista do Hospital Moinhos de Vento

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