Caxias do Sul planeja a instalação de sistema antigranizo

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Principal produtor de hortifrutigranjeiros do RS, município da Serra Gaúcha tenta amenizar prejuízos
Considerada a maior produtora de hortifrutigranjeiros do Rio Grande do Sul, a cidade de Caxias do Sul, na Serra Gaúcha, pretende instalar um novo sistema antigranizo em suas áreas agrícolas, a fim de minimizar os danos causados pelas chuvas de pedras de gelo que caem periodicamente na região. Com o intuito de buscar apoio do governo estadual para viabilizar a instalação e manutenção do sistema, o secretário da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Smapa), Rudimar Menegotto, esteve presente em Porto Alegre, em reunião com órgãos estaduais, como a Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), a Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema) e a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Abastecimento, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi).
Além de Caxias do Sul, o sistema deve ser instalado em pelo menos outras 15 das 17 cidades da região serrana. O sistema de proteção para as lavouras é um equipamento de monitoramento que utiliza ondas hipersônicas para evitar ou diminuir os impactos nas plantações causados pelo granizo. Sua aplicação custa cerca de R$ 5 milhões, com sua manutenção anual prevista para R$ 10 milhões.
"A queda de granizo será cada vez mais frequente na nossa região e isso sempre gera um prejuízo para o nosso agricultor e para a economia do município. Tentamos buscar essa alternativa de ter a possibilidade de instalar aqui na região da Serra Gaúcha, não só em Caxias do Sul. Esse é um projeto coletivo, não só pensando na fruticultura, na olericultura, mas na agricultura de forma geral", afirma o secretário.
Ele diz que ainda não há previsão de instalação do sistema, mas a partir de sua aplicação, estima-se que parte das plantações de maçãs, que possuem 1,8 mil hectares, e uvas, com 3,4 mil hectares, sejam preservadas. "A gente tem ciência que não é um sistema com 100% de eficiência. A função principal do sistema antigranizo é diminuir o impacto", explica.
O secretário diz que depende de recursos estaduais para aplicá-lo efetivamente. "A gente precisa passar por várias etapas, precisa ver se precisa de licenciamento ambiental. Embora o município queira um parecer, justamente porque a gente está preocupado também que não haja nenhum problema com o meio ambiente. Estamos vendo a possibilidade da participação do governo estadual, porque (o projeto) só se viabiliza se ele participar. Os municípios podem até participar, mas não em si com o projeto total", explica.
Rudimar ressalta que o sistema só será viável e eficiente se for instalado em uma região ampla, como a Serra. "É uma coisa que não depende só de um município, não é tão fácil concluir e efetivar a instalação. Então, a nossa ideia era ter essa possibilidade até a próxima safra. Justamente porque os produtores estão com uma ânsia em ter uma tranquilidade maior na produção", diz. Ele complementa explicando que a próxima safra começa no mês de novembro e finaliza em março, mas não há garantia que o sistema seja implantado antes desse período.
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