Aqui uma entrevista há alguns anos com a atriz Lucy Ramos num evento lá na s de Menta.

A gente pensa que sabe tudo, que a nossa verdade é verdade, que asnossas angústias são só nossas, que as amarguras dessa vida só a gente passa eque ao acordar as nossas preocupações não mais existirão, que o tempo seencarrega de tudo.

São erros que muitas vezes podem ser fatais. Eu mesmo já fui muitasvezes um babaca com alguém, já fui preconceituoso com pessoas ou com umasituação, mas o que posso afirmar sobre o tempo sem medo de errar é que nãochegamos a um determinado ponto sem ter vivido ao menos uma experiênciaenriquecedora sob todos os aspectos.

Costumo dizer aos mais jovens, ao meu filho, sobrinhos e entes que nãotêm a mesma idade que eu: - Me use como exemplo, seja para qualquer decisão queforem tomar na vida de vocês, por favor me usem, não sou o dono da verdade, nãosei de tudo, (longe disso), mas seja do jeito que for, serei exemplo.

Se não gostam do meu jeito de ser, façam o possível para me entender,nem que seja para me deixar de lado, no vácuo, você ainda terá a prerrogativade não ter mais contato comigo, de não permitir que eu faça parte do teudia a dia.

Se acreditam que eu possa ser um bom exemplo, me ajudem a melhorar aforma de abordar as tuas diferenças ou pensamentos distintos dos meus, mesmoque contraditórios, pois acredite, jamais te farei compartilhar comigo o que depior eu tenho.

Viu como sou exemplo, para o bem ou para o mal?

Quando pensares diferente leia o contexto e faça uma forcinha para entendero que eu quis dizer, não tome decisões precipitadas e não estimule o seu senso comumde que você pode fazer melhor, afinal, mesmo podendo ou fazendo melhor você meusou como base para desenvolver as tuas teses de que sua oratória passa longede me ver como exemplo.

Ver o que de melhor ou pior eu tenho é pegar um exemplo daquilo quevocê não quer para tua vida. Tire exemplo dos meus defeitos ou qualidades e nofinal verá que sou um exemplo a ser seguido!

Como disse uma vez um cara que eu admirava muito, - “Tu é umautodidata”. Acho que ele usou isso para diminuir a minha capacidade edizer que não era formado em nada, pelo menos foi o que pude sentir naquelemomento. Mas fui atrás da definição correta:

Autodidata é um adjetivo e substantivode dois gêneros, utilizado para designar uma pessoa que tem a capacidade de aprender algo por conta própria, sem o auxílio de um professor ou mentor. Alguém que aprendealguma coisa sozinho.

Acredito que essa pessoa tenha me subestimado ounão sabia realmente o significado da palavra, porque eu não me senti nem umpouco valorizado com a sua fala e hoje, não o admiro mais.