Texto by Laudir Dutra

Mexe sobretudo com a cabeça da gente. A idade certa para se conectar à outra metade da nossa laranja.

Invariavelmente temos a preocupação de dar vazão aos comentários alheios e não vimos o essencial que é o sentimento que temos dentro da gente. Nem mesmo uma diferença de opinião, de ideologia e de classe social pode ser mais importante que a condição de simplesmente amar.

Essa condição não posso ter, amar alguém esperando que as outras pessoas estejam com a mente aberta para aceitar as minhas escolhas. São diferentes maneiras de entender o caos mundial, a desigualdade entre os povos e até mesmo o porquê de tantas opções erradas.

Um amor deve ter o seu tempo de maturação, com certeza este não pensa assim, mas existem outras variáveis, parceiros de corpo e intelecto como a razão, a fala, o olfato e a audição que têm diferentes after days para o the and da vida da gente.

Razões, emoções, sentimentos desencontrados que absorvemos com o passar dos anos. Não aprendemos quase nada sobre os motivos do coração, nem mesmo um fiapinho de qualquer coisa pode fazer a gente demorar para se entregar e correr atrás dos nossos sonhos quanto o assunto converge para o coração, testemunha ocular do amor.

Idade! Lá vem ela de novo me mostrando o meu lugar nesse mundo imenso chamado amor. Sinaliza que as nossas diferenças passam por caminhos tortuosos e definitivos. Antes de qualquer de tudo, a lógica das coisas é alterada, não temos a certeza da morte por exemplo, que pode chegar a qualquer momento. Mas aí que está o grande barato de todas as teorias: não sabermos quando ela chega, nem de que maneira, nem com quantos anos de idade. Talvez ela seja a mais sensata de todas as ocasiões.

Diferenças temos, digeriremos com o tempo, quando você se der conta, ninguém mais saberá quem é quem e nem mesmo, qual o nosso papel nessa equação. Se fundem as vidas, corpos se entrelaçam e se tornam indecifráveis perante a fatalidade do destino. Agora somos uma só pessoa, um só corpo e dentro daquilo que a razão entender que seja razoável, as nossas diferenças acabam quando, num indelével toque no coração, no corpo e na alma, alcançamos a nota perfeita, num compasso horizontal e assimétrico, destas que só os amantes conseguem, por entenderem que nada mais existe a ser discutido, apenas sentido e vivido.

By Laudir Dutra